A crônica do jornal "EGRÉGORA", a partir de seu lançamento, é amplamente conhecida. Para comprová-la, basta recorrer aos arquivos da publicação onde esses dados se revelam como evidentes por si mesmos. Mas os antecedentes desse periódico já não são tão claros assim. Decorridos pouco mais de quatro anos, já houve quem levantasse dúvidas sobre a origem do nome do jornal e se não houvesse dados seguros a respeito, esse ponto já seria considerado controverso.
Mas, afortunadamente, houve quem tivesse a feliz ideia de anotar em seus mínimos detalhes todos os fatos que antecederam a efetiva circulação do jornal. E para que essa espécie de Certidão de Nascimento de "EGRÉGORA" seja preservada para a eterna memória das coisas, publicamos aqui o resumo dessas anotações.
O Venerável Mestre da época, Ir.". Lucas Francisco Galdeano, alimentava um sonho antigo de fundar um jornal que não fosse um simples noticiário da Loja, mas um periódico que se firmasse como presença marcante na opinião pública maçônica. Para transformar esse sonho em realidade faltava apenas um Irmão que, além de escritor, tivesse efetiva vivência na publicação de jornais e revistas. Um personagem com esse perfil veio bater, certo dia, à porta da Loja "Miguel Archanjo Tolosa", como se tivesse sido chamado. Tratava-se do Ir.". Alberto Ricardo Schmidt Patier, ausente das Colunas há dilatado espaço de tempo e que, apresentado pelo Ir.". Arnaldo Assis de Oliveira na Loja "Miguel Archanjo Tolosa" fez ali seu pedido de filiação.
Enquanto o processo corria, os Ir.". Lucas e Patier tratavam de elaborar o projeto do jornal. Nesses estudos preliminares começaram a participar vários Irmãos da Loja.
O dia 4 de março de 1993 pode ser considerado a verdadeira data de fundação do jornal. Foi naquela noite memorável que o Ir.". Lucas Francisco Galdeano reuniu em sua casa, para ultimar os detalhes da publicação, os seguintes irmãos: Alberto Ricardo Schmidt Patier, Juscelino Mafra de Oliveira, Tárcio Moura Soares, Luiz Eduardo Fontenelle Vasconcelos Soares, Moisés Moreira Alves, Plácido Ferreira Gomes, João Batista Sales Macedo e Moacyr Rey.
Na oportunidade, o Ir.". Patier fez uma ampla e minuciosa exposição do projeto do jornal. A par disso, apresentou, consoante lhe havia sido pedido, uma lista de nomes para que os participantes optassem por um deles ou por outro que fosse de sua livre escolha.
A lista continha as seguintes denominações: Propileu, Fênix, Gnose, Egrégora, Thot, Hermes e Escriba Sentado. A escolha unânime recaiu sobre "EGRÉGORA", um nome que, ao longo de mais de quatro anos de circulação do jornal, se impôs no conceito de seus leitores, como marca de qualidade.
Esta breve crônica deixa claro que, embora houvesse contribuições relevantes da parte de vários Irmãos da Loja, os verdadeiros fundadores foram os Irmãos Lucas e Patier. De resto, foram eles que tornaram o jornal conhecido, estimado, discutido e respeitado e que, até hoje, são os verdadeiros mentores deste poderoso instrumento de comunicação maçônica.
E para que permaneça inscrito na memória da posteridade, a Augusta, Respeitável e Benfeitora Loja Maçônica "MIGUEL ARCHANJO TOLOSA", mantenedora do jornal, declara o seguinte:
São considerados FUNDADORES de "EGRÉGORA" os seguintes Irmãos:
- Lucas Francisco Galdeano; e
- Alberto Ricardo Schmidt Patier.
São considerados COFUNDADORES do jornal os seguintes Irmãos:
- Tárcio Moura Soares;
- Juscelino Mafra de Oliveira;
- Luiz Eduardo Fontenelle de Vasconcelos Soares;
- Moacyr Rey;
- João Batista Sales Macedo;
- Plácido Ferreira Gomes; e
- Moisés Moreira Alves.
Nota: o presente artigo foi publicado no Cadernos de Pesquisas no 18, denominado "Egrégora – O Pesquisador Maçônico", da Editora Maçônica "A Trolha", em 2001.
Desse artigo não consta o autor, mas sabemos que foi escrito pelo nosso saudoso Mestre Patier.